Viver no Rio durante uma epidemia
O Brasil como país é um dos lugares menos afetados pelo coronavírus, no entanto, o número de casos e a morte são mais altos aqui no Rio de Janeiro e em São Paulo. Estou morando em Copacabana, que tem a maior taxa de mortalidade devido ao vírus em todo o Rio. No entanto, fiquei impressionado como as comunidades estão lidando com isso, como eu esperava o pior. Especialmente vivendo tão perto de uma favela, espero que muitas outras pessoas quebrem as regras de isolamento que foram estabelecidas. Na primeira semana do governo sugeriu isolamento, o movimento nas ruas de Copacabana caiu 85%! Todas as lojas essenciais não fecharam na segunda semana, deixando apenas supermercados, farmácias e hospitais abertos. Os restaurantes de fast food entregam em endereços residenciais, o que significa que aqueles que trabalham podem manter seus empregos e empresas como a uber eat, iFood e Rapi, podem continuar pagando seus funcionários. Os que ficam presos em casa e não conseguem trabalhar podem receber doações de todos os supermercados locais. Sugere-se que você compre um saco de arroz, feijão, farinha, etc., além de comprar suas próprias compras e existem carrinhos de coleta colocados do lado de fora para você deixar a comida e aqueles que estão lutando podem ficar à vontade para ir buscá-la a qualquer momento . Eu acho incrível como todos nós podemos trabalhar juntos neste momento difícil para garantir que as pessoas não passem fome e acho que é um ótimo exemplo para o resto do mundo e especialmente para a Inglaterra, onde menos pessoas estão sofrendo de pobreza do que aqui. . Além disso, houve uma escassez de máscaras, então um grupo de pessoas começou a colocá-las em suas máquinas de costura e a doá-las em troca de chocolate. O chocolate que eles recebem é doado para as famílias mais pobres, para que possam dar aos seus filhos nesta Páscoa. Outra ideia brilhante.
Percebi que a disseminação de notícias falsas sobre o coronavírus causou pânico aqui no Rio. Eu estava interessado em saber como certas empresas de notícias decidiram divulgar o que são notícias falsas e algumas empresas de notícias como a Globo – extra criaram uma hashtag #fakenews para combater a disseminação e informar o público com fatos e números precisos. Isso é importante, pois reduzirá as pessoas do pânico comprando comida nos supermercados e deixando as pessoas vulneráveis sem comida para comer. Também informará às pessoas o que elas devem estar fazendo e como elas devem estar se comportando. Eu acho que a disseminação de rumores e notícias falsas tem um efeito prejudicial na reação do público. As notícias falsas sempre causam problemas, mas agora é ainda mais importante, porque todo o planeta tenta combater o vírus. As notícias falsas causam apenas confusão e estresse entre a sociedade e combater esse problema permitirá que todos permaneçam bem informados, para que individualmente, eles podem seguir as orientações do governo e reduzir o risco de disseminação adicional do vírus.
Eu só consegui completar minha primeira semana de estágio na escola de idiomas antes que, infelizmente, tivesse que fechar. Eu estava ensinando inglês a crianças de 11 a 15 anos que vieram das duas favelas da região. Essas aulas são totalmente gratuitas e pedimos apenas comprometimento e dedicação. As crianças ficaram muito chateadas ao saber que muitos de seus professores estavam voltando para casa e também que não poderiam assistir às duas aulas por semana. Para dar a eles algo para trabalhar, criamos um livreto de tarefas e os entregamos algumas semanas atrás. Ainda estamos em contato com eles para definir as tarefas de casa e a maioria das crianças está enviando seu trabalho de volta a cada semana. Espero que o Virus termine dentro de alguns meses e poderei continuar minha colocação até setembro, quando terei que voltar para completar meu último ano na universidade. Minha universidade tem sido extremamente compreensiva e nos disse que não é mais necessário concluir nossas colocações, entregar tarefas ou fazer exames este ano, mas ainda estou ansioso para ficar aqui e concluir minha colocação para meu próprio desenvolvimento profissional e também para me concentrar em aprender português depois de passar meu primeiro semestre na Colômbia.
Sinto que meu português melhorou bastante no mês passado, pois passo todo o meu tempo com meus companheiros de apartamento que falam português. Anteriormente, eu passava mais tempo com estrangeiros e falando inglês, mas agora 100% da minha comunicação é em português e a única vez em que falo inglês é quando ligo para pessoas de inglaterra. Isso é realmente benéfico para mim e é o que eu queria mesmo assim. Eu moro com duas pessoas do Peru que falam português o tempo todo, mas é ótimo que eu também possa continuar praticando espanhol com eles sempre que eu quiser. À noite, costumamos jogar cartas e assistir a um filme ou série de televisão com algumas cervejas. Eu fiz meu próprio jogo de tabuleiro usando papel e lápis de cor e todo mundo parece adorar. Três dos caras são chefs que não estão mais trabalhando, o que é ótimo para mim, porque eu sou inútil na cozinha e eles cozinham para a nossa família aleatória todas as noites. Ter tantas pessoas no apartamento durante o isolamento tem suas vantagens, porque nunca há um momento de tédio e sempre há alguém com quem conversar.
Living in Rio during an epidemic
Brazil as a country is one of the places least affected by Coronavirus however the numbers of cases and death are highest here in Rio de Janeiro and in Sao Paulo. I’m living in Copacabana which has the highest mortality rate due to the virus in the whole of Rio. However, I was impressed how the communities are dealing with it as I had expected the worst. Especially living so close to a favela I expect ted many more people to break the isolation rules that have been set in place. In the first week of the government suggested isolation, movement on the streets in Copacabana was down by 85%! All none essential stores closed in the second week leaving only supermarkets, pharmacies and hospitals open. Fast food restaurants will deliver to home addresses which means those who work their can keep their jobs and businesses such as uber eats, iFood and Rapi, can keep paying their employees. Those stuck at home who cannot work can receive donations from all local supermarkets. It is suggested to buy a bag of rice, beans, flour etc extra whilst buying ones own shopping and there are collection trolleys placed outside for you to drop off the food and those who are struggling can feel free to go and collect it at any time. I think it’s amazing how we can all work together at this hard time to make sure that people aren’t going hungry and I think its a great example for the rest of the world and especially England where less people are suffering from poverty than are here. Also, there has been a shortage of masks, so a group of people have started making them on their sewing machines and donating them in exchange for chocolate. The chocolate they receive is then donated to poorer families so that they can give it to their children this easter. Another brilliant idea.
I have noticed that the spread of fake news regarding coronavirus has caused panic here in Rio. I was interested in how certain news companies have decided to publicise what is fake news and some news companies such as Globo – extra have created a hashtag #fakenews to combat the spread and inform the public with facts and figures that are accurate. This is important as it will reduce people from panic buying food in the supermarkets and leaving vulnerable people without food to eat. It will also inform people what they should be doing and how they should be behaving. I think the spread of rumours and false news has a detrimental effect on the public’s reaction. Fake news has always caused problems, but now it is even more important, because the whole planet tries to fight the virus covid 19. Fake news only causes confusion and stress between society and combating this problem will allow everyone to remain well informed, so that individually they can follow government advice and reduce the risk of further spreading the virus.
I was only able to complete my first week on my placement at the language school before it unfortunately had to close. I was teaching English to children aged 11-15 who come from the two favelas in the area. These classes are completely free and we only ask for commitment and dedication. The children were very upset to hear that many of their teachers were returning home and also that they wouldn’t be able to attend their two classes a week. To give them something to work on we created a homework booklet and handed them out a few weeks ago. We are still in contact with them to set homework tasks and most of the children are sending their work back each week. I have hope that there will be an end to this Vitus in a few months and I will be able to continue my placement until September when I will have to return to complete my final year at university. My university have been extremely understanding and have told us it is no longer necessary to complete our placements, hand in assignments or sit any exams this year but I am still eager to stay here and complete my placement for my own professional development and also to focus on learning Portuguese after spending my first semester in Colombia.
home made masks
I feel as though my Portuguese has improved greatly in the last month as I have been spending all of my time with my Portuguese speaking flat mates. Previously I was spending more time with foreigners and speaking English but now 100% of my communication is in Portuguese and the only time I do get to speak English is when I call people from home. This is really beneficial for me and is what I wanted anyway. I am living with two people from Peru who speak Portuguese all of the time but it is great that I can also continue practicing Spanish with them too, whenever I want. At nights we usually play cards and watch a film or tv series with a few beers. I made my own board game using paper and crayons and everyone seems to love it. Three of the guys are chefs who are no longer working which is great for me as I am useless in the kitchen and they cook for our random family every evening. Having so many people in the apartment during isolation has its advantages because there is never a dull moment and there is always someone to talk to.
From July to December 2019, I had the privilege of studying at the Universidad de los Andes in Bogotá, as part of my modern
languages degree year abroad. My Spanish improved immensely whilst in Colombia, partly through daily exposure to the language in my university classes (which included Salsa – a cultural, if not academic prerequisite!). I was given the chance to develop my academic Spanish too, writing a 2500 word research project for a module on Colombian cinema, which involved an amazing trip to the Pacific Coast to meet some of the non-professional actors which made up the cast of the Colombian film El vuelco del cangrejo. Here, and in other trips within the country, I was exposed to various kinds of (sometimes barely intelligible!) Spanish, helping me to appreciate the language’s rich diversity. I threw myself into Spanish socially too, and my best friendships comprised of Spanish speakers from all over the continent. Spending so much time with Mexican exchange students for example, was extremely enriching and made me appreciate just how diverse Latin America is culturally and linguistically. Indeed the contact I had with native speakers from at least 13 different Hispanic countries has left me confused and bewildered at the number of options I now have for calling someone my ‘mate’: pana, parce, wey, socio, veci, tío, hermano only touch the surface….
La Barra, a village located on Colombia’s Pacific Coast and where the film El vuelco del cangrejo was shot
Living in a country like Colombia, all too frequently defined by its bloody history, made me re-think some of the stereotypes of the country that are disseminated in the west, such as in the series ‘Narcos.’ Refreshingly, it also gave me an insight into some of the stereotypes of Europeans seen through Colombian eyes.
To Colombians we are seen as cold and serious, and compared to Latinos we don’t know how to party or have a good time.
After a fare share of ‘farras’ and what feels like 100 salsa classes later, I can confirm that there is a degree of truth to this accusation, and believe that the principal cause of British sobriety at least, is the absence of dance in our lives.
Caldo de costilla
The strong lesson I have learnt from my exchange is that in order to really know a place, you have to live there and interact with the locals in their language. Indeed, daily life abroad can be very rewarding as you discover all the hidden gems a tourist wouldn’t. For example the various broths, soups and consommés, which I ate on a daily basis in Colombia, were a revelation, and the famous caldo de costilla (a rib soup) has a well-known macondian power to cure a hangover. As if taken from a García Márquez novel, the soup is known as ‘el levanta muertos’ or ‘the resurrector.’
In conclusion, I am extremely grateful to the trust for facilitating my language learning abroad. The grant helped cover living costs and allowed me to spend an extra month in Colombia doing an intensive C1 Spanish course upon arrival. I am also grateful to the grant for allowing me to develop my writing skills in Spanish through the monthly reports. Crucially, these have provided a platform to ponder and discuss aspects of Colombian culture, which has proved extremely positive and healthy. I am sure they will serve as an excellent archive for my unforgettable time abroad.
El 24 de noviembre de 2016 se firmó el acuerdo de paz entre el Gobierno de Colombia, encabezado por el entonces presidente Juan Miguel Santos, y las FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia). Ya que este acuerdo terminó un conflicto armado que duró casi 70 años, vine a Colombia con la idea de que todo el mundo se sentiría orgulloso de finalmente haber logrado la paz. Sin embargo, a través de unas entrevistas que realicé en Bogotá, parece que la paz sigue siendo esquiva en el país y los términos del acuerdo todavía polémicos. En la entrevista planteé 3 preguntas: ¿Para usted qué es la paz? ¿Piensa que Colombia ha logrado la paz? ¿En su opinión qué constituiría la paz en el país? Cada una provocó respuestas sorprendentes.
¿Para usted qué es la paz?
Para la mayoría de los entrevistados bogotanos, la paz constituía una sociedad con más igualdad y menos delincuencia. Este enfoque social me sorprendió, ya que, para un país que ha vivido mucha guerra, las respuestas no tenían mucho que ver con el conflicto armado como tal, sino con problemas sociales. De pronto esta suerte de respuesta refleja el fuerte regionalismo del país y la perspectiva urbana de los entrevistados. Si hubiera ido a otra región, quizás más rural, creo que las respuestas tratarían más del conflicto armado, de la guerrilla y del narcotráfico. Como reconoce Jon, vigilante rolo [bogotano] “el conflicto armado no es mucho acá [en Bogotá] sino que es más que todo sobre los pueblos, los caseríos, los campesinos.” Las respuestas de los bogotanos me hicieron pensar en lo que ciertos “violentólogos” colombianos llaman “la tercera violencia”, la cual es la violencia urbana ocasionada por el desempleo y la pobreza de poblaciones marginales y rurales que se desplazaron del campo a las ciudades grandes como Bogotá, Cali o Medellín. Estos movimientos provocaron problemas sociales, como la pobreza urbana, la delincuencia y las pandillas que siguen siendo obstáculos para la consecución de la paz en las urbes. Como afirma Laura, vendedora de aromáticas: “[en Bogotá] hay mucha delincuencia, drogadicción, no se puede salir tranquilo…donde está la paz?”
¿Piensa que Colombia ha logrado la paz?
Muchos ciudadanos se sentían decepcionados por el acuerdo de paz y desilusionados con la situación política actual en el país. Como señaló Mariana, estudiante, la firma de paz “era un acuerdo firmado por protocolo pero no ha cambiado nada.” De acuerdo con este punto de vista, Laura, la vendedora de aromáticas, rogó que las firmas “se hicieran realidad.” Según Jon, el vigilante, para un país que desafortunadamente sigue en las mismas “la paz es un proceso muy largo.” David, recepcionista de 30 años, era más optimista y dijo que al menos el país no vive en guerra como antes, cuando “no había vencedores…todos perdimos.”
¿En su opinión qué constituiría la paz en el país?
Para Mariana, la estudiante, Colombia lograría la paz “si fueran más justas las cosas.” Destacó la corrupción de los gobernantes y afirmó que “todo empieza desde la gente que uno vota.” Para Laura, la paz radica en menos desigualdad y más apoyo del estado para los estratos bajos y los vendedores ambulantes de la tercera edad que, para ganarse la vida, no pueden jubilarse. Y según Jon, la paz se encuentra en la tolerancia. Afirmó que la responsabilidad es de “uno mismo” para lograr una paz “no solo entre la guerrilla y el gobierno sino entre nosotros.” Señaló que como vigilante ve muchas cosas y nota que “nadie pone su granito de arena” para construir una sociedad más tolerante.
En conclusión, a pesar de la firma oficial del acuerdo de paz hace poco más de 3 años, Colombia todavía está en proceso de consecución de una paz absoluta que llegue a todas las regiones del país. Es importante reconocer que estas repuestas reflejan un punto de vista muy regionalista, ya que todos los entrevistados eran rolos. Tal vez un sector demográfico rural sería más optimista sobre la paz ya que, al parecer, el campo se ha vuelto mucho más seguro con la desmovilización de la guerrilla.
Mural en Cali. A través del muralismo y el grafiti, el pueblo ha abordado la historia sangrienta del país. Medellín, la segunda ciudad del país y la que más sufrió el conflicto armado
“What peace?” Bogotano responses to the acuerdo de paz
On 24th November 2016 a peace treaty was signed between the Colombian Government, headed by the then president Juan Miguel Santos, and the FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia). Given that this treaty put an end to an armed conflict that lasted nearly 70 years, I came to Colombia with the idea that everyone would feel proud to have finally achieved peace. However, having carried out some interviews in Bogota, it would seem that peace remains elusive and that the treaty is still a polemical issue. In the interview I posed three questions all of which provoked surprising responses: What does peace mean for you? Do you think that Colombia has achieved peace? What would constitute peace in Colombia?
Museo Casa de la Memoria, Medellín: memorias de violencia y resistencia
What does peace mean for you?
For the majority of the bogotano interviewees, peace meant an equal society with less crime. This social focus surprised me given that, for a country that has lived through much war, the responses weren’t related to the armed conflict as such, but rather to social problems. Perhaps this kind of response reflects the regionalist viewpoint of the interviewees and their urban outlook. If we had been to another region, perhaps more rural, I think that the responses would have focused more upon the armed conflict, narcotraffic and the guerrilla. As Jon, a bogotano security guard, recognises: “the armed conflict isn’t really here in Bogota, but rather on top of the towns, the villages, the campesinos.” The responses of the bogotanos made me think about what certain Colombian “violentologists” call “the third violence”, which is urban violence caused by the unemployment and poverty of marginal, rural populations which were displaced from the countryside to large cities like Bogota, Medellin or Cali. These movements gave rise to social problems such as urban poverty, crime and gangs that hinder the attainment of “peace” in large cities. As Laura, a hot drinks vendor states: “[in Bogota] there is a lot of crime, drug addiction, you can’t leave your home relaxed…that’s not peace.”
Do you think that Colombia has achieved peace?
Many citizens felt deceived by the peace agreement and disillusioned with the current political situation in the country. A student Mariana said that the signing of the peace treaty was an “agreement signed out of protocol but that hasn’t changed anything.” Likewise, Laura, the hot drinks vendor begged that the treaty actually “became a reality.” According to Jon the security guard, for a country which unfortunately still faces the same problems as before, the attainment of peace will be “a very long process.” David, a 30 year old receptionist, was more optimistic arguing that at least the country no longer lives in war like before, when “there were no victors…we all lost.”
In your opinion what would constitute peace in the country?
For Mariana, the student, Colombia would achieve peace “if things were fairer.” She highlighted the corruption of leaders and stated that “all starts from the people for whom we vote.” For Laura, peace lies in less inequality and more state support for the lowest social strata and the elderly street vendors who, in order to make ends meet, are unable to retire. And according to Jon, the key to peace is tolerance. He pointed out that as a street security guard he sees a lot of things and is witness to the fact that “nobody does their bit” to construct a more tolerant society.
In conclusion, despite the official signing of the peace treaty just over 3 years ago, Colombia is still in the process of attaining an absolute peace that may reach all of the country’s regions. It’s important to recognise that these responses reflect a very regionalist bogotano point of view. Perhaps a rural demographic would be more optimistic about the peace treaty given that the countryside has become a lot safer with the demobilisation of the guerrilla.
I was fortunate enough to be able to spend the holiday period in Colombia. I had been told previously that Colombia was a great place to be during christmas. As soon as halloween was over, the decorations for christmas were put up. I was surprised to see that even the huge apartment building had been decorated too. I was able to visit many areas during christmas as i had a lot of plans with my friend. There are many christmas markets that are free to enter and have live music and great food! My friends were making me try all of the traditional Colombian christmas snacks.
It was a busy month at the office as it was due to close over christmas so we had lots to prepare for. My boss was going home to Australia for two weeks so we were making sure we were finishing up on all of the prosthetic arms so that we could deliver them in time for christmas. It was a pleasure to see so many people receive their new prosthetic arms and reconfirmed that what i had been doing since September was definitely a good cause and worthwhile. Before everyone left for christmas we had a staff party on the roof of one of engineers. He has a heated pool and a great view of the city. My boss bought lots of pizza and an entire shopping cart of beer and also 3 litres of Colombian rum. We had such a great evening and it was a perfect way to finish the year and the first half of my placement.
This year i am looking forward to continuing to make more friends and visiting more of south America so that i can learn all about the different accents and all the different slang that is used. I find slang very interesting and i think the slang in Colombia is one of the best. Que chimba!
Tuve la suerte de poder pasar el Navidad en Colombia. Me habían dicho anteriormente que Colombia era un gran lugar para estar durante la Navidad. Tan pronto como terminó Halloween, se colocaron las decoraciones para Navidad. Me sorprendió ver que incluso el enorme edificio de apartamentos también había sido decorado. Pude visitar muchas áreas durante la Navidad ya que tenía muchos planes conmi amigos. ¡Hay muchos mercados navideños que son gratuitos y tienen música en vivo y excelente comida! Mis amigos me hacían probar todos las comidas tradicionales de Navidad.
Fue un mes muy ocupado en la oficina ya que debía cerrar en Navidad, así que teníamos mucho para prepararnos. Mi jefe se iba a su casa en Australia durante dos semanas, así que nos aseguramos de terminar con todos los brazos protésicos para poder entregarlos a tiempo para Navidad. Fue un placer ver a tanta gente recibir sus nuevos brazos protésicos y reconfirmar que lo que había estado haciendo desde septiembre definitivamente era una buena causa y valió la pena. Antes de que todos se fueran para Navidad, tuvimos una fiesta para el personal en el techo de uno de los ingenieros. Tiene una piscina climatizada y una gran vista de la ciudad. Mi jefe compró muchas pizzas y un carrito de compras de cerveza y también 3 litros de ron colombiano. Tuvimos una gran noche y fue una manera perfecta de terminar el año y la primera mitad de mi colocación.
Este año espero seguir haciendo más amigos y visitar más Sudamérica para poder aprender todo sobre los diferentes acentos y todas las diferentes jergas que se usan. La jerga me parece muy interesante y creo que la jerga en Colombia es una de las mejores. Que chimba!
Es difícil comprender que este es mi ultimo reportaje y que ya se acabó mi semestre aquí en Colombia. Hay muchos temas que me gustaría abordar en este reporte pero me parece importante hablar de un grupo de voluntariado universitario que ha sido integral a lo largo de mi intercambio. El grupo de voluntariado se llama “Hermanos Sin Fronteras” (HSF) que pertenece a la Universidad de Los Andes y busca mejorar la experiencia de los estudiantes de intercambio. El grupo está conformado por 16 estudiantes uniandinos de varias carreras y diversos intereses que, de manera voluntaria, nos han ayudado a integrarnos en la Universidad y la cultura colombiana. El grupo se liga con la oficina de internacionalización de la Universidad de los Andes, pero no actúa oficialmente en nombre de la Universidad, así que puede organizar actividades espontáneas sin tener que cumplir con los varios tramites que exige una institución como Uniandes. De hecho, según Camilo Pava, hermano sin frontera y estudiante de administración, “la independencia que tenemos de la universidad es lo que más nos da ventajas … entre más libres e independientes nos dejen, siempre y cuando nos den publicidad y mercadeo, mejor.”
Además de jugar un papel importante en los días de orientación, HSF nos han ayudado con la burocracia agotadora que se requiere para instalarse en un nuevo país y realizar un intercambio. Por ejemplo, nos han ayudado en renovar nuestras visas, conseguir planes para nuestros celulares, inscribirnos en módulos, pedir citas médicas y conseguir artículos domésticos. Aunque estos quehaceres parezcan triviales, a veces puede resultar complicado realizarlos cuando acabas de llegar a otro país y no tienes un manejo fluido del idioma. Cuando más me desesperaba era cuando no podía realizar las pequeñas cosas cotidianas o cuando estaba inundado con un sinfín de trámites que traían consigo inconvenientes pequeños. Dificultades como no poder pagar tu factura de móvil porque la empresa no acepta tarjetas extranjeras, o no poder tomar una tasa de té porque no sabes donde comprar un hervidor contribuyen al choque cultural. Gracias a HSF, hemos superado estos problemas con mucha más tranquilidad. Además, a través de sus diversos medios de comunicación, como Whatsapp, Email y Facebook nos han mantenido informados sobre la actualidad del país, avisándonos sobre las novedades en Bogotá y aconsejándonos sobre eventos pesados, como los recientes días de paro en Bogotá.
Asimismo, Hermanos Sin Fronteras han organizado varias actividades y excursiones que nos han dado la oportunidad de hacer amigos y conocer el país, entre ellas: un “potluck” almuerzo, un grafiti tour, un club de poesía, un viaje a Villa de Leyva para un festival de cometas, un desplazamiento a la laguna de Guatavita y las minas de sal en Zipaquirá, una fiesta de bienvenida y despedida, salsa cada miércoles, senderismo, conciertos, excursiones a los jardines botánicos, catas de cerveza, partidos de fútbol y sesiones de “jamming” y rap. Estas actividades se han desempeñado con el propósito de incorporarnos en el país y combatir la soledad que puede ser una de las fuentes más significantes de la tristeza que implica estar lejos de casa. Según Camilo, los varios intereses de cada voluntario de HSF crean “una sinergia que es muy chévere porque cada uno está loco en lo que le gusta y en su vuelta.”
De manera importante, estas actividades han proveído un foro para mejorar nuestro español ya que todos los Hermanos son colombianos y nos hablan en español. Cuando he platicado con amigos de intercambio Erasmus, me han dicho que ha sido muy difícil integrarse con estudiantes locales y que cuando en efecto hay eventos de integración, el inglés predomina. Camilo, quien fue de intercambio a Holanda, me dijo que, a diferencia de los HSF, con Erasmus nunca tuvo contacto con “la parte más profunda y humana.” Destaca que en HSF, “la idea es no solo mostrarles [a ustedes] la cuidad, la universidad y farrear, sino hacer amigos. Según él, lo importante es “no solo verlo como una transacción comercial que [ustedes] son nuestros clientes y tenemos que darles la mejor fiesta, la mejor todo, sino que son amigos, son personas, son parceros.”
Cuando pregunté a Camilo si HSF tiene espacio para mejorar, afirmó que “en cuanto a la razón de ser de lo que somos como grupo estamos muy bien, ya estamos muy claritos en eso. Pero nos falta desarrollarnos como organización, que es lo que tienen allá en Europa…todavía estamos muy informales en cosas, con mucha improvisación…de pronto nos falta formalizarnos entre nosotros, organizarnos más.” De acuerdo con lo anterior, el grupo tiene la visión de que “para el año 2025 HSF será reconocido a nivel institucional como un grupo de participación estudiantil consolidado, conformado por voluntarios uniandinos que buscan mejorar la experiencia tanto de sus miembros como de los estudiantes extranjeros y nacionales de intercambio desde diferentes ámbitos. De igual forma, a nivel internacional, se conocerá a HSF como un referente para grupos de apoyo a estudiantes extranjeros en diferentes universidades del mundo.”
En conclusión, Hermanos Sin Fronteras han sido muy importante para el goce de mi estancia en Colombia, y solo al hablar con otros amigos de intercambio he dejado de dar el grupo por hecho. Su amabilidad, dedicación y apoyo me han estimulado a unirme a un grupo parecido en el Reino Unido para que estudiantes extranjeros allá puedan disfrutar de su intercambio como he hecho yo. A Camilo le pareció importante mencionar: “yo sé que Colombia tiene una imagen en países que no es la que debería ser por muchas razones…. parte del cambio que podemos hacer nosotros es que los que vengan acá se lleven la mejor imagen posible de Colombia y que vivan la mejor experiencia, así como yo la viví cuando me fui de intercambio.” Esta actitud resume la intención de Hermanos Sin Fronteras y atestigua su valor, no solo para nosotros extranjeros, sino para el país también. Para terminar este último reportaje y mi estancia en este hermoso país, cito a Camilo:
“Que vengan a Colombia, es una chimba.”
It’s hard to understand that my semester here in Colombia is coming to an end. There are lots of subjects that I would like to write about in this report but it seems to me important to discuss one of the University’s voluntary groups, which has been integral throughout the duration of my exchange. The group, which is associated with the Universidad de Los Andes, is called Hermanos Sin Fronteras (HSF) or “Brothers Without Borders” and seeks to improve the experience of the University’s exchange students. The group consists of 16 Uniandes students who study various degrees and have diverse interests. Unpaid, they have helped us integrate into the University and Colombian culture. The group is linked with Uniandes’ internalization office but doesn’t act officially on behalf of the University, and is thus able to organize spontaneous activities without being restricted by the processes and protocols to which an institution like Uniandes is bound. In fact, according to Camilo Pava, hermano and business student: “the independence which we have from the university is what most gives us an advantage…the more free and independent they let us be, on the condition that they give us publicity and marketing, the better.”
Beyond playing an important role in the induction days, HSF has helped us with the exhausting bureaucracy that is required in order to settle into a new country and complete an exchange. For example, they’ve helped us renew our visas, buy phone plans, enroll in modules, arrange medical appointments and buy household items. Although these tasks seem trivial, sometimes it can be hard to fulfill them when you’ve just arrived in a new country and don’t speak the language fluently. I felt most hopeless when I couldn’t get the small daily bits and bobs done or when I was overwhelmed with filling out documents which brought with them unforeseen challenges. Setbacks like not being able to pay your phone bill because they won’t accept foreign credit cards or not being able to have a cup of tea because you can’t work out where to buy a kettle contribute to culture shock. Thanks to HSF, I managed to overcome these troubles with ease. Moreover, through their various communication platforms, like Whatsapp, Email and Facebook they’ve managed to keep us informed about Colombian current affairs, let us know about news in Bogotá and advised us about potentially dangerous events like the recent strikes in Bogotá.
Further, HSF organised various activities and trips, which gave us the chance to make friends and get to know the country. To mention just a few: a potluck lunch, a graffiti tour, a poetry club, a trip to Villa de Leyva for a kite festival, a daytrip to a lagoon in Guatavita and the salt mines in Zipakirá, a welcome and leaving party, salsa every Wednesday, hillwalking, concerts, trips to the botanic gardens, beer tastings, football matches and jam and rap sessions. These activities have been carried out with the aim of integrating us into the country and community and fighting loneliness, which can be one of the biggest sources of feeling homesick. According to Camilo, the diverse interests of each HSF volunteer creates “a really cool synergy because each individual is crazy about what they like.”
Importantly, these activities have provided a forum for improving our Spanish given that all the hermanos are Colombians and speak to us in Spanish. When I’ve spoken with friends on Erasmus exchanges they’ve told me that it’s been hard to integrate with local students and that when there are integration events, English dominates. Camilo, who went on an exchange to Holland, told me that, in comparison to HSF, with Erasmus, he never had contact with the deeper, more human aspect. He emphasises that in HSF, “the idea is not only to show you guys the city, the university and to party, but to make friends.” According to him, the important thing is “not only to see it like a business transaction in which you are our clients and we have to put on the best fiesta, the best of everything, but that you are people, friends, parceros.”
When I asked Camilo if HSF had room to improve, he said: “in regards to our reason to be, what we are as a group, we’re good, we’ve got that clear. But what we need is to develop as an organisation, like what they have there in Europe…we’re still pretty informal in a lot of things, with a lot of improvisation…perhaps we need to formalise ourselves, organise ourselves better.” In relation to this, the group has the vision that “by 2025, HSF will be recognised on an institutional level as a consolidated student group, made up of Uniandes volunteers which looks to improve the experience of their fellow members as well as that of exchange students – foreign and compatriot.” Equally, on an international level, it’s hoped that HSF will be known as a reference point for international student support groups in different universities worldwide.
In conclusion, HSF has been a very important part of my enjoyment of Colombia and only upon speaking with other friends on exchanges have I realised I shouldn’t take it for granted. Their friendliness, dedication and support have encouraged me to join a similar group in the UK so that international students there can enjoy their exchange as I have done. Camilo thought it was necessary to mention: “I know that Colombia has an image abroad which isn’t how it should be for various reasons…part of the change which we can make is that those who come here leave and take which them the best possible image of Colombia and that they live the best experience possible, like I did on my exchange.” This attitude sums up the aim of Hermanos Sin Fronteras and attests to its value, not only for us as foreigners, but for Colombians themselves. To finish this final monthly report and indeed my stay here in this wonderful country, I quote Camilo:
Mi estancia en Colombia ha casi llegado a su fin. Por ello, me parece apto en este penúltimo reportaje reflexionar sobre el país y su gente. Con base en mis experiencias e interacciones con los locales, quisiera discutir los rasgos de la “colombianidad”, las idiosincrasias de la gente, y los matices culturales que se plasman en este país maravilloso. Obviamente, mis reflexiones no son hechos empíricos basados en ningún tipo de investigación, ni un retrato veraz de la total realidad compleja del país, sino más bien opiniones propias y, por lo tanto, subjetivas.
Los colombianos comen como si no hubiera mañana
Los colombianos tienen un apetito enorme y esto se ve sobre todo en los almuerzos “corrientes” que, según los locales, son “buenos, bonitos y baratos”. En las sedes donde se venden estas maravillas gastronómicas, llamados “corrientazos”, los almuerzos llevan sopa, carne, tres carbohidratos (normalmente arroz, frijoles, papas, pasta o plátano), ensalada, y jugo por el precio aproximo de $8,000 COP. Acaso el plato más representativo del apetito colombiano es la “Bandeja Paisa” y después de comerte una, experimentas lo que mis amigos mexicanos llaman “mal del puerco” – esa sensación de letargia y cansancio después de comer mucho. Los varios caldos, sopas y consomés aquí han sido una revelación, y el famoso “caldo de costilla” tiene un conocido poder macondiano de remediar la resaca. Así, el caldo, como si hubiera venido de una novela de García Márquez, se conoce come el “levanta muertos”.
En adición a sus flores, su café y su biodiversidad, los colombianos están orgullosos de sus frutas y jugos naturales. Los nombres de las frutas representan todo un reto de vocabulario para los extranjeros, ya que muchas de ellas no son endémicas en nuestros países. Dichas frutas que a mi parecer más se destacan son: lulo, gulupa, maracuyá, uchuva, pitahaya, guayaba, granadilla, y guanábana. Una anécdota chistosa que me gustaría mencionar es la que tuve aquí en Colombia con un mesero, donde más hice caso del “relativismo cultural” porque a la hora de pedir un jugo de una fruta exótica elegí un mango, donde averigüé que, ¡el mango no es una fruta exótica, sino, según los colombianos, una de las más banales que hay! Se debe mencionar que la importancia de las frutas en el país se manifiesta en los varios dichos que se refieren a fruta (“dar papaya”, “tener guayabo”, “ah no, serán guayabas”).
La paranoia colombiana
Hablando del tema de las frutas, el primer dicho colombiano que se enseña a los extranjeros es el de “no dar papaya”. Este dicho destaca la importancia de no hacer alarde de sus cosas en público y pone en evidencia la lamentable desconfianza que sienten los colombianos de los demás en sus vidas cotidianas. Por más triste que sea, el pasado violento del país y la delincuencia urbana actual que existe en ciudades como Bogotá, hace que los colombianos sean muy cuidadosos y sospechosos en cualquier entorno público. Los rolos (bogotanos) siempre están pendientes de sus alrededores y mantienen los ojos abiertos en sus recorridos diarios. Según la periodista colombiana Mónica Corredor, “saber cuándo algo no anda bien y estar vigilante ante cualquier peligro, son características de este desarrollado instinto – o debería decir paranoia – del colombiano.”
“El vivo vive del bobo”
Tal vez la prudencia que tienen los colombianos en entornos públicos se explica a través de la “astucia” colombiana que enfrentan en la vida cotidiana. Aunque sea un estereotipo vergonzoso, los colombianos tienen una reputación de ser “avispados” y aprovecharse de cualquier persona que “dé papaya”. Por un lado, esto se debe a la pobreza y desigualdad, las cuales son fuentes de delincuencia oportunista, pero también la llamada “viveza” de los colombianos se traslada a otros contextos. No es una sorpresa hacer una fila de dos horas solo para presenciar a 25 amigos, hermanos, colegas y primos terceros de la persona adelante colarse e impedir que entres al evento. Los colombianos son muy astutos, siempre buscando atajos o fisuras hasta el punto de arriesgar la vida cruzando la carretera ilícitamente para entrar a la estación de Transmilenio sin pagar los $2,500 COP. Esta filosofía de vida se plasma en los numerosos dichos que se refieren a la sagacidad colombiana: “El vivo vive del bobo”, “hecho la ley hecha la trampa”, “la malicia indígena”.
La amabilidad colombiana
En mi experiencia, los colombianos son muy acogedores hacia los extranjeros y me han tratado con mucha amabilidad. Además, son súper respetuosos, lo que se revela en sus idiosincrasias lingüísticas. En la industria de servicios al menos, todo es “con mucho gusto” y la gente está “siempre a la orden” y “pendiente” de los demás. El uso de “usted” es muy común en Bogotá e incluso, ciertas personas te refieren como “sumercé”. Cuando los colombianos se equivocan siempre dicen “qué pena contigo” y cuando se despiden siempre desean que el otro “esté bien” o que “se cuide.” ¡Aunque este respeto sea sobre todo una cuestión semántica, al menos se escucha muy bonito! Sin embargo, entre amigos, se escucha otro lado del español colombiano, lleno de jerga que, fuera de su contexto, podría ser malinterpretada como lenguaje muy grosero. ¡Tuve que acostumbrarme al hecho de que 90% del tiempo, “marica” o “guevón” no son insultos sino sinónimos para “amigo”.
Los colombianos no saben decir las cosas de frente
De pronto es la amabilidad de los colombianos que implica que den muchas vueltas en vez de decir las cosas como son. Ser francos no es una disposición natural de los colombianos, en concreto cuando el asunto es un poco complicado o delicado. Son abundantes en tapujos y excusas antes de decir “no” y siempre aplazan a pesar de que una decisión esté ya tomada. “Yo te estoy avisando en estos días,” o “te confirmo ahorita,” son en la mayoría de casos maneras respetuosas de decir “no”. Incluso, la palabra “gracias” se ha convertido en una manera de decir “no” cuando alguien quiere venderte algo. En Bogotá, las excusas son muy chistosas porque siempre tienen que ver con el transporte o el clima: “con está lluvia, ni modo de ir a la fiesta”, “seguramente si salgo con este frio tan berraco me voy a enfermar”, “con estos trancones no hay manera de llegar al plan”, “nunca voy a llegar en Transmilenio a esta hora”. Si bien los colombianos prefieren contar una mentira interminable que decir una sola verdad dolorosa, se puede percibir también como otro síntoma del amable deseo colombiano de no ofender al otro.
Hora colombiana
La impuntualidad es otra cosa que define la colombianidad. Cuando una hora de encuentro se acuerda siempre es necesario aclarar si es hora normal u “hora colombiana”. ¡Los colombianos justifican su tardanza con la excusa de que “citan temprano” pero eso es pura retórica! Sobre todo, mi recomendación es ¡pilas con la frase “ya voy llegando” o “llego en cinco minuticos” porque quién sabe cómo es que el tiempo se expande de tal manera entre esa afirmación y, finalmente, la llegada de la persona!
La plata habla
Los colombianos son muy trabajadores y el día laboral es larguísimo. Por ejemplo, muchos taxistas con quienes he platicado tienen un día laboral de 17 horas. El día universitario abarca desde las 6 de la mañana hasta las 9 de la noche y ¡jamás me voy a quejar porque tengo una clase a las 9 de la mañana en el reino unido! Tal vez su ética laboral implacable para ganarse la vida implica que los colombianos sean tan tacaños. Regatear es su segunda naturaleza y sin duda mi vocabulario de regateo ha mejorado aquí: “¿no aplica ningún descuentico?” , “es que no me alcanza”, “no tengo tanto presupuesto”, “usssshhhh, pero eso está muy caro”, “y si le compro varios, ¿en cuánto queda?”. Según Mónica Corredores, “no importa si se trata de vender un servicio a una compañía, o si son las ventas del mercado de las pulgas, pedir rebaja hace parte del día a día de un colombiano”.
¿Has ido a Colombia? No, pero he visto Narcos
Lamentablemente, Colombia ha sido etiquetado con el nombre de Pablo Escobar, cuyo rostro se vende en camisetas en las calles de sitios turísticos en Colombia. Se comercializa así una imagen que se consume por los foráneos. Sin embrago, aparte del negocio de las camisas (lo que refleja la actitud del consumidor más que el vendedor) Escobar es odiado casi unánimemente, visto como enemigo del pueblo que asoló al país, y su nombre, igual que la serie “Narcos” se ha convertido en tabú. Los colombianos tienen buen sentido del humor pero nunca siquiera se atreven a bromear sobre él. Cuando fui a Medellín, la cuna de Escobar, solo vi los residuos del sufrimiento que causó, y solo encontré a las víctimas de su legado sanguinario, sobre todo en mi visita a la comuna 13. En unas entrevistas que realicé sobre la colombianidad, los entrevistados resaltaron que ser colombiano es agarrar todo el pasado violento del país para que no vuelva a pasar, y mirar más allá de la violencia con ganas de cambiar la perspectiva y la imagen del país en el exterior. La alegría colombiana es parte de este nuevo mercadeo y pese a las tasas de desigualdad y delincuencia, aún muy altas en el país, los colombianos se las dan de felices. Esta felicidad sin duda se plasma en la cultura de fiesta y baile y según un entrevistado, “la alegría siempre une al pueblo colombiano y la gente siempre se une en torno a la fiesta. Siendo diferentes pero vivir en espacios donde podemos disfrutar hacen construir un país más fuerte, una unidad cultural grande”.
La Comuna 13, Medellín
Una nación fragmentada
El sentimiento nacional es un tema interesante en Colombia porque, aunque los colombianos están orgullosos de su patria, el patriotismo ha sido debilitado por el conflicto armado interno y la fuerte identidad regional. Parece que hay poca cohesión nacional por cuenta de los residuos (o tal vez causas) de la guerra, como por ejemplo la desigualdad o la corrupción, y la increíble diversidad de los 32 departamentos y las pocas afinidades que tienen entre sí, ha forjado una identidad marcadamente regionalista. Es muy común que la gente se identifique más como rolo, paisa, caleño, pastuso o costeño que colombiano y por lo general los colombianos enfatizan la gran diferencia entre la gente de tierra caliente (Medellín, Cali, Cartagena, etc.) y la de tierra fría (Bogotá, Boyacá, etc.). Sin embargo, cuando más se siente la unidad del país es cuando juega la selección de fútbol. Cuando fui a ver Colombia contra Brasil en un bar, descubrí que no hay partidos “amistosos” que involucran a la selección nacional y que todo el mundo se olvida de sus diferencias cuando se marca un gol. El símbolo más conspicuo del patriotismo colombiano es de pronto la camisa de la selección que, junto con los taxis, pinta las calles de Bogotá de amarillo, sin importar si hay un partido o no. ¡De hecho, la camiseta de Colombia para el mundial en 2014 es la más vendida de la historia de Adidas! Aunque el fútbol es sin duda el opio del pueblo, merece la pena mencionar que el ciclismo es también popular aquí y que después de su vitoria en el tour de Francia, Egan Bernal se convirtió en un icono del país, compartiendo el mismo pedestal en el que están figuras como James, Falcao o Cuadrado.
En resumen, aunque estos diez rasgos de la colombianidad son meras generalizaciones, espero que al menos sirvan como un esbozo de los varios fenómenos y matices que forman parte de la rica cultura de Colombia.
Mural de Egan Bernal, Zipaquirá, Cundinamarca
10 features of ‘colombianness’
My time in Colombia has almost reached its end. And so it seems apt to dedicate this penultimate report to my reflexions about the country and its people. Based upon my experiences and interactions with locals, I want to discuss some of the features of Colombianness, the idiosyncrasies of the people and the cultural nuances that are reflected in this wonderful country. Obviously my reflexions aren’t by any means research based empirical facts, nor a truthful outline of the total complex reality of the country, but rather my own, subjective opinions.
Colombians eat as if there were no tomorrow
Colombians have an enormous appetite that is principally manifested in their ‘almuerzos corrientes’ (or ‘everyman’s lunches’), which, according to the locals, are ‘good, tasty and cheap’ (catchy plosive-alliteration of ‘bueno, bonito y barato’ lost in my translation). In the headquarters of these gastronomic marvels (known as ‘corrientazos’), the lunches include soup, meat, three carbohydrates (usually rice, beans, potatoes, pasta or fried banana), salad and juice for the rough price of $8,000COP (£1.95). Perhaps the most representative dish of the Colombian appetite is the ‘Bandeja Paisa’ (‘paisa platter’) and after eating one you experience what my Mexican friends refer to as ‘mal de puerco’ – that sleepy, bloated feeling after eating too much. The various broths, soups and consommés here have been a revelation, and the famous caldo de costilla (rib soup) has a well-known macondian power to cure a hangover. As if taken from a García Márquez novel, the soup is known as ‘el levanta muertos’ or ‘the resurrector.’
Caldo de costilla (costilla de res, papas, cebolla, cilantro, ajo – beef rib, potato, onion, coriander, garlic)
A country of fruits
In addition to their flowers, coffee and biodiversity, Colombians are proud of their fruits and natural juices. The names of all the fruits here create a real lexical challenge for foreigners given that many of them aren’t endemic in our countries. Some examples are: lulo (naranjilla), gulupa (variety of passion fruit), maracuyá (variety of passion fruit), uchuva (cape gooseberry), pitahaya (variety of dragon fruit), guayaba (guava), granadilla (grenadia), guanábana (soursop). Perhaps the time when I most appreciated the idea of ‘cultural relativism’ was when I had to chose an exotic fruit juice in a café and decided to go for ‘mango.’ The waiter seemed rather confused, at which point I realised that mango is amongst the most banal fruits of them all according to Colombians! I should mention that the importance of fruits in Colombia is apparent in the various sayings which refer to fruit: “dar papaya” (be careless with your belongings in public); “tener guayabo” (to be hungover); “ah no, serán guayabas” (‘no shit sherlock’).
Colombian paranoia
Speaking of fruits, the first Colombian saying that is taught to foreigners is “no dar papaya.” This saying emphasises the importance of not flaunting your belongings in public and attests to the regrettable distrust which Colombians feel towards others in their daily lives. As sad as it may be, the country’s violent past and the current urban crime rates in cities like Bogotá, mean that Colombians are extremely cautious and suspicious of others in public environments. ‘Rolos’ (Colombians from Bogotá), are always aware of their surroundings and keep an eye out when on the move. According to Colombian journalist Monica Corredor, “knowing when something isn’t quite right and being vigilant in front of whatever danger are characteristics of the developed instinct – or rather, paranoia – of your average Colombian.
‘Fools build houses and wise men live in them’
Perhaps an explication for the caution that Colombians exert in public is the Colombian ‘guile’ that they face in their daily lives. Although it’s a shameful stereotype, Colombians have a reputation for being quick witted and taking advantage of whoever is off guard in public. On the one hand Colombian guile has its origins in poverty and inequality, both of which are sources for opportunistic crime. However, the so-called Colombian ‘cunning’ also translates to other contexts. Here it’s no surprise to queue for two hours only to witness 25 friends, siblings, colleagues, and third cousins of the person in front of you barge in and prevent you from entering the given event. Colombians are very astute, always looking for shortcuts or loopholes up to the point that people risk their lives illicitly crossing the road to enter into the Transmilenio station without having to pay the $2,500COP (55p). This philosophy is given expression to in the number of sayings that refer to Colombian sagacity: “El vivo vive del bobo” (‘Fools build houses and wise men live in them’); “hecho la ley hecha la trampa” (rules are there to be broken); “la malicia indígena” (the quality of being astute).
Colombian politeness
From my experience, Colombians are very welcoming towards foreigners and they’ve been very friendly towards me. Moreover, they are super polite, which is made apparent in their linguistic idiosyncrasies. In the service industry at least, all is done ‘with pleasure’ and the people are always ‘at your disposal’ and ‘ready to be of help.’ The use of the formal pronoun ‘usted’ is very common in Bogotá and even certain people refer to you as ‘sumercé’ which roughly translates as ‘sir’ or ‘ma’am.’ When Colombians make a mistake or are in the wrong, they always say ‘que pena contigo’, a unique equivalent for ‘sorry’ and when they say goodbye they always wish that you ‘take care’ or ‘look after yourself.’ Although this politeness may be more than anything a question of semantics, at least it sounds nice! However, amongst friends, one is exposed to the other side of Colombian Spanish, full of slang, which, out of context, might be mistaken as being very rude! I had to become accustomed to the fact that ‘marica’ (an otherwise extremely offensive and homophobic word) or ‘guevón’ (otherwise ‘jerk’) are used 90% of the time here to mean ‘mate.’
Colombians don’t know how to say things how they are
Perhaps it is the friendliness of Colombians that means that they beat about the bush instead of saying things straight up. Being frank is not a natural Colombian disposition, especially when the topic might cause offence. Colombians can be full of excuses before saying ‘no’ and they always postpone despite the fact that a decision has already been already made. ‘I’ll let you know’ or ‘I’ll confirm in a bit’ are in the majority of cases polite ways of saying ‘no.’ Even the word ‘thank you’ has become a way of saying no when someone wants to sell you something. In Bogota, excuses are funny because they always have do to with transport or the weather: ‘with this rain, there’s no way I can make the party’, ‘No doubt if I go out in such a bitter cold I’m going to get ill’, ‘with this traffic there’s no way I can make the plan’, I’ll never arrive in Transmilenio at this hour.’ Even if Colombians prefer to tell an interminable lie instead of a single painful truth, it’s another symptom of the kind Colombian desire not to offend someone else.
Colombian Time
Unpunctuality is another thing that defines Colombianness. When a meeting time is arranged it’s always necessary to clarify if it is normal time or ‘Colombian time.’ Colombians justify their tardiness with the excuse that they ‘schedule early’ but that’s pure rhetoric! Above all, my recommendation is careful with the phrase ‘I’m on my way’ or ‘I’ll be there in five’ because who knows how it is that time expands in such a way between those statements and the eventual arrival of the person!
Money talks
Colombians are very hardworking and the average working day is very long. For example, many taxi drivers with whom I’ve spoken have a 17 hour working day, whilst the university timetable kicks off at 6am and finishes at 9pm. Never again am I going to complain about having a 9am lecture in the UK! Perhaps their relentless work ethic in order to make ends meet is why Colombians can be so stingy. Haggling is their second nature and without doubt my bargaining vocabulary has improved here: ‘does that come with a discount?’, ‘I can’t quite make that price’, ‘My budget doesn’t extend that far’, ‘Ooof, that’s a bit pricey’, ‘And if I buy lots, how low can you go?’. According to Monica Corredores, “it doesn’t matter if it’s in a big business context, or in a flea market, asking for a discount is part of the Colombian day-to-day.’
Have you been to Colombia? No, but I’ve seen Narcos
Sadly, Colombia has been labelled with the name of Pablo Escobar, whose face is sold on T-shirts in the streets of tourist destinations here, commercialising an image which is consumed by foreigners. However, apart from the t-shirts (which reflects the outlook of the consumer more than the vendor) Escobar is almost unanimously hated, seen as an enemy of the people who devastated the country, and his name, like the series ‘Narcos’, has become taboo. Colombians have a good sense of humour but they don’t even dare to joke about him. When I went to Medellin, Escobar’s city, I only saw the residues of the suffering which he caused, and only met the victims of his bloody legacy, above all in my visit to the ‘comuna 13.’ In interviews which I carried out about Colombianness, the interviewees highlighted that to be Colombian is to take hold of the country’s violent past so that it doesn’t happen again and look beyond it with the aim of changing the perception and image of the country abroad. Colombian happiness is part of this new marketing and despite the rates of inequality and crime, still high in the country, Colombians portray themselves as a particularly happy people. This happiness is, without doubt, represented in the culture of fiesta and dance, and according to one interviewee, ‘happiness always unites the Colombian people and we always come together for fiestas. Being different but living in spaces where we can have a good time constructs a stronger country and cultural unity.’
Medellín desde la Comuna 13 – Medellín taken from the Comuna 13
A fragmented nation
National sentiment is an interesting topic in Colombia because, although Colombians are proud of their country, patriotism has been weakened by the internal armed conflict and a strong regional identity. It seems that there is little national cohesion because of the residues (or perhaps, causes) of the war, for example inequality or corruption, and the incredible diversity of the 32 departments and the few similarities which they share, has forged a marked regional identity. It’s common that people identify more as rolo, paisa, caleño, pastusoo costeño than Colombian and in general Colombians emphasise the great difference between people from the warm regions and the cold ones. However, when the unity of the country is most felt is when the national football team play. When I went to watch Colombia against Brazil in a bar, I realised that there are no such thing as ‘friendlies’ that involve the national team, and that everyone forgets their differences when a goal is scored. The most conspicuous symbol of Colombian patriotism is perhaps the national team football shirt, which, together with the taxis, paint the streets of Bogota yellow, regardless of whether there’s a match on or not. In fact, the Colombian football shirt for the 2014 world cup is the most sold football shirt in Adidas’s history! Although football is without doubt the opiate of the people, it’s worth mentioning that cycling is also very popular here and that, after his victory in the Tour de France, Egan Bernal has become an icon, and almost placed upon the same pedestal as the likes of James, Falcao or Cuadrado.
In conclusion, although these ten features of Colombianness are mere generalisations, I hope that they at least sketch an outline of the various phenomena and nuances that form part of the rich Colombian culture.
I feel as though I am adjusting to life in Colombia well. This month I decided to start some new hobbies so that i maximised my time speaking Spanish by meeting more local people in my area. I joined a football club called ‘Super Team Medellin’. It is an all women’s football club and we train twice a week. I am looking forward to joining in with some tournaments this month. I managed to fit in as a Paisa for the first hour of my first training session. My disguise fell apart once i got tackled down and blurted out certain english phrases that I daren’t repeat for this monthly report. I was accepted completely despite not being from this area and have made some good friends.
I have noticed a very quick improvement in my Spanish speaking and understanding and I am growing in confidence. However, I noticed that i was still making some common errors and i knew i needed some extra help. I met girl from Medellin who has applied for scholarships to study her masters in some UK universities. Her English is fantastic but she needed some extra conversation practice. We now meet twice a week for 2 hours conversational english classes and 2 hours Spanish. I am finding this really useful as we have a good relationship and she does not feel bad correcting me when I am wrong.
In the office i was put in charge of organising our annual charity event. The night was a huge success and on the night we raised over $3000. Organising the event required me to network amongst people in my local area to arrange prizes for our raffle, donations and artists. My language skills were tested when communicating over the phone in Spanish which is something i want to improve.
I think by having more responsibilities here in Medellin i will be able to advance my language skills quicker.
Siento que me estoy adaptando bien a la vida en Colombia. Este mes decidí comenzar algunos nuevos pasatiempos para maximizar mi tiempo hablando español conociendo a más personas locales en mi área. Me uní a un club de fútbol llamado ‘Super Team Medellin’. Es un club de fútbol femenino y entrenamos dos veces por semana. Tengo muchas ganas de unirme a algunos torneos este mes. Logré encajar como Paisa durante la primera hora de mi primera sesión de entrenamiento. Mi disfraz se desmoronó una vez que me abordaron y solté ciertas frases en inglés que no repetiría para este informe mensual. Fui aceptado completamente a pesar de no ser de esta área y he hecho algunos buenos amigas.
He notado una mejora muy rápida en mi habla y comprensión de español y estoy creciendo en confianza. Sin embargo, noté que todavía estaba cometiendo algunos errores comunes y sabía que necesitaba algo de ayuda adicional. Conocí a una chica de Medellín que solicitó becas para estudiar su maestría en algunas universidades del Reino Unido. Su inglés es fantástico, pero necesitaba algo más de práctica de conversación. Ahora nos reunimos dos veces por semana durante 2 horas de clases de inglés conversacional y 2 horas de español. Esto me parece realmente útil, ya que tenemos una buena relación y ella no se siente mal corrigiéndome cuando estoy equivocado.
En la oficina me pusieron a cargo de organizar nuestro evento anual de caridad. La noche fue un gran éxito y en la noche recaudamos más de $ 3000. La organización del evento me obligó a establecer contactos entre personas de mi área local para organizar premios para nuestro sorteo, donaciones y artistas. Mis habilidades lingüísticas se pusieron a prueba cuando me comuniqué por teléfono en español, algo que quiero mejorar.
Creo que al tener más responsabilidades aquí en Medellín podré avanzar mis habilidades lingüísticas
Viva la salsa colombiana. Gracias por hacernos felices.
“Es un misterio por qué todas las celebraciones y visitas que involucran colombianos, terminan con la mesa de centro a un lado para dar espacio a la pista de baile.”
[Mónica Corredor, periodista colombiana]
Antes de ir a Colombia, mi universidad me advirtió sobre las dificultades potenciales de vivir en otro país, dándome consejos sobre el manejo del llamado “choque cultural” que seguramente iba a padecer en algún momento de mi estancia en el extranjero. Igualmente, al llegar el día de inducción de la Universidad de Los Andes, asistí a charlas que hablaron sobre los desafíos de vivir en una nueva ciudad que tiene problemas de seguridad y donde la gente habla otro idioma.
Sin embargo, solo ahora, al empezar mi tercer mes aquí, me doy cuenta de que lo que Colombia me ha provocado no ha sido un choque cultural como tal, sino algo mucho más espantoso, una crisis existencial: aquí me percaté por primera vez de que nunca en mi vida hasta ahora he aprendido bailar.
Tal vez la revelación mas profunda, y indudablemente la más maravillosa de mi tiempo en Colombia hasta ahora ha sido la salsa. Aunque sí, el ají ha sido un descubrimiento genial, a lo que me refiero es el baile: el ritmo hegemónico de Latinoamérica y el Caribe, con raíces afrocubanas y puertorriqueñas.
Un viaje a Cali, un verdadero fortín del género y la sede del Festival Mundial de Salsa, me inspiró a tomar clases para principiantes en la universidad, donde Mauricio, un bailarín virtuoso y profe súper-entusiasmado, nos enseña pasos, agarres y vueltas que son cada semana más difíciles. (Mi consejo es ¡ojo con la palabra “principiantes”, porque un “principiante” colombiano no es igual a un principiante europeo!) Lo bueno es que Mauricio siempre resalta que las clases no son un fin en sí sino que nos facilitan a disfrutar de la salsa en su entorno natural – la fiesta.
Con este consejo en cuenta, durante mi tiempo en Bogotá he intentado realmente “vivir” la salsa colombiana, y cada miércoles, con un “buen parche”, frecuentamos el Rincón cubano – un bar de salsa con mesas arregladas en torno de la pista de baile. Y cada semana, sin excepción, me duermo murmurando conmigo mismo el compás salsero que es fundamental al bailar al ritmo – “un(o), dos, tres…cinc(o), seis, siete.”
Confieso que no demoré en hacer caso de que saber bailar era un requisito para dejar admiradas las chicas. El poder inmenso y misterioso de la salsa en encantar a una mujer ha sido un descubrimiento muy esclarecedor y ¡tal vez por eso siempre asistan más hombres a las clases que mujeres!
Sin embargo, independientemente de su rol en coquetear, la cultura de bailar en pareja – algo que se hace poco cuando salimos de rumba en el reino unido – crea una conexión positiva entre individuos, sea amigos o desconocidos, y desencadena endorfinas que mejoran nuestro humor. Colombia es un país que frecuentemente aparece entre los países más felices del mundo, un hecho que choca con su historia de conflicto armado y sus altas tasas de desigualdad y delincuencia. Aunque es posible que la alegría colombiana sea un poco falsa, si hay una explicación de la felicidad del pueblo, de pronto se encuentra en la cultura de rumba y baile tan prominente en el país. Según un amigo mío, Yesid, quien lo entrevisté sobre el asunto de la alegría colombiana para un proyecto universitario, “la alegría siempre une al pueblo colombiano y la gente siempre se une en torno a la fiesta. Siendo diferentes pero vivir en espacios donde podemos disfrutar hacen construir un país más fuerte, una unidad cultural grande.” Aunque perezcan lugares triviales, bares salseros como el Rincón cubano, ofrecen espacios importantes para encadenar a la gente sin importar sus diferencias. Y sobre todo en una metrópolis desconectada y a veces hostil, como Bogotá, resulta que estos lugares sean indispensables.
A la luz de la afirmación de Yesid, la salsa colombiana tiene un valor social más allá de solo diversión. Une al pueblo y su ubicuidad por todo Colombia la hace un rasgo importante de la identidad nacional de un país heterogéneo y regionalista. Canciones salseras como “El preso” de Fruko y sus Tesos o “Oiga, mire, vea” de Guayacán Orquesta son reconocidas a lo largo y ancho del país y las letras de la ultima atestan al aporte de la salsa en inspirar felicidad en el pueblo:
“Aquí no hay problema,
Aquí no hay pelea,
Mi gente de Cali,
Disfruta y rumbea.”
Aunque la asociación entre América Latina y lo carnavalesco ha sido uno de los varios estereotipos del continente, creo que la cultura de baile, sobre todo en festivos populares y fiestas, ha creado cierta realidad carnavalesca. El baile provee un punto de encuentro de varias clases, razas y edades, permitiendo una subversiva interacción de individuos, y además, crea un espacio de excentricidad y libertad, un foco de escape y diversión. Tal vez esto explica por qué, “todas las celebraciones y visitas que involucran colombianos terminan con la mesa de centro a un lado para dar espacio a la pista de baile.”
Los colombianos también son culpables de estereotipar a los europeos como gente fría, seria y tiesa, señalando que, a diferencia de los latinos, no sabemos como “farrear” o pasárnoslo rico. Corroboro que también hay un grado de verosimilitud frente a esta acusación, y estimo que la causa principal de la sobriedad británica al menos es la ausencia de baile en nuestras vidas.
La transmisión intergeneracional de la salsa en el hogar familiar implica que este genero corre, literalmente, en la sangre de los colombianos y la disposición aparentemente genética de bailar es innegablemente una causa de la calidez y alegría de la gente aquí. Para terminar, cito al periodista colombiano Ernesto Armenteros: “viva la salsa colombiana. Gracias por hacernos felices.”
La Topa Tolondra – bar salsero de Cali
Viva la salsa colombiana. Thanks for making us happy.
‘It’s a mystery why all celebrations and visits involving Colombians, finish with the table to one side in order to give space to the dance floor.’
[Mónica Corredor, Colombian journalist]
Before going to Colombia, my university warned me about the potential difficulties of living in another country, giving me advice about managing the so-called ‘culture shock’ that I was surely going to undergo at some point during my stay abroad. Equally, upon arriving at la Universidad de Los Andes’ orientation, I attended the normal talks about the challenges of living in a new city, with a different language and security problems.
However, only now, upon starting my third month here, I realise that what Colombia has provoked in me hasn’t been a culture shock as such, but rather something much more horrifying, in the form of a certain existential crisis: here I realised for the first time that, never in my life until now, have I learned to dance.
Perhaps the most profound revelation, and undoubtedly the most marvellous of my time in Colombia up till now has been the salsa. Although it’s true that the condiment ají has been a great discovery, what I refer to is the dance: the hegemonic rhythm of Latin America and the Caribbean, with afro-Cuban and Puerto Rican roots.
A trip to Cali, a true fortress of the genre and host of the World Salsa Festival, inspired me to take beginners classes in the university, where Mauricio, a virtuoso dancer and super-enthusiastic teacher, teaches us steps, holds and spins which are harder and harder each week. (My advice is watch out for the word ‘beginners’ since a Colombian beginner is not the same as a European beginner!) What’s good is that Mauricio always emphasises that the classes aren’t an end in themselves but rather a means of facilitating us to enjoy salsa in its natural environment- the fiesta.
With this advice in mind, during my time in Bogotá I’ve tried to really ‘live’ Colombian salsa, and each Wednesday, with a good bunch of mates, we frequent Rincón Cubano (‘Cuban Corner’), a salsa bar with tables arranged around a dance floor. And each week, without exception, I fall asleep murmuring to myself salsa’s dancing rhythm which fundamental to staying in time: ‘un(o), dos tres…cinc(o), seis, siete.’
I confess that it didn’t take me long to realise that to know how to dance is a requisite for impressing the ladies. Salsa’s immense and mysterious power to charm a woman has been a very enlightening discovery and perhaps this explains why there are always more men in the classes than women!
However, regardless of salsa’s role in ‘the chase,’ the culture of dancing with a partner – something which doesn’t come naturally to most Brits – creates a positive connection amongst individuals, be it friends or strangers, and releases endorphins which improve our mood. Colombia is a country which frequently features amongst the most happy countries in the world – a fact which clashes with its history of armed conflict and high rates of inequality and crime. Although it’s possible that Colombian happiness might be a little false, if there is an explanation for the people’s happiness, perhaps it is to be found in the culture of dance and fiesta that is so prominent in the country.
According to my friend Yesid, who I interviewed as part of a university project on Colombian happiness, ‘happiness always unites Colombians and people always come together for the fiesta. Being different but living in spaces where we can have a good time helps to construct a stronger country and an important cultural unity.’ Although they may seem like trivial places, salsa bars like Rincón Cubano, offer important spaces to connect people regardless of their differences. And above all, in a disconnected and at times hostile metropolis like Bogotá, these sorts of places become indispensable.
In light of Yesid’s affirmation, Colombian salsa has a value beyond just entertainment. It unites the people and its ubiquity throughout all of Colombia makes it an important feature of the national identity of a heterogenous and regionalist country. Salsa hits like Fruko y sus Tesos’s ‘El preso’ or Guayacán Orquesta’s ‘Oiga, mire, vea’ are recognised across the length and breadth of the country and the lyrics of the latter attest to salsa’s contribution in inspiring happiness in the people:
Cali, tercera ciudad de Colombia y capital del departamento de Valle de la CaucaEstatua de Cristo Rey, Cali
‘Aquí no hay problema,
Aquí no hay pelea,
Mi gente de Cali,
Disfruta y rumbea.’
‘Here there’s no problems,
Here there’s no fighting,
My people of Cali,
Enjoy and get dancing.’
[my (improvised) translation]
Although the association between Latin America and the carnavalesque has been one of the stereotypes of the continent, I think that the dance culture, above all in popular festivals and parties, has contributed to a certain carnavalesque reality. Dance provides a meeting point for various races, classes and ages, permitting a potentially subversive free interaction amongst individuals, and moreover, it creates a space of eccentricity and freedom. Perhaps this explains why ‘all the celebrations and visits which involve Colombians finish with the table to one side to give space to the dance floor.’
Colombians are also guilty of stereotyping Europeans as cold, serious and rigid, pointing out that, compared to Latinos, we don’t know how to party or have a good time. I can corroborate that there is also a certain degree of truth to this accusation, and believe that the principal cause of British sobriety at least, is the absence of dance in our lives.
The intergenerational transmission of salsa in the family home means that this genre runs, quite literally, in the blood of Colombians and the apparent genetic disposition to dance is undeniably a cause of the warmth and happiness of the people here. To finish by quoting Colombian journalist Ernesto Armenteros: ‘viva la salsa colombiana. Thanks for making us happy.’
I was very anxious before I arrived here in Medellin. The reason was that I have never been or read much about Colombia. I arrived on Thursday and stayed with a friend from university who is living in Bogotá until Christmas. She made me feel calmer. On Sunday I flew to Medellin. I was happy to get along with my Colombian flatmate in my apartment. He introduced me to his friends and also a bit of the city. He taught me how to order a taxi, order food, where I could find a language school and how to find a local football team. The day before I started working with e-Nable, I went to the beauty salon to paint my nails to feel more relaxed. I am happy that I am in Medellin because the weather is much better than in Bogota. My apartment is much better than I thought too. We have a pool, gym, security, and places for sports. It is in a very safe place and I feel comfortable and safe.
The office is also in a safe place. It is in a neighbourhood full of tourism. On my first day, we discussed the goals of the next few months with everyone. This NGO has two people with full time jobs and the others are volunteers. More or less we always speak in Spanish and all communications are in Spanish. I have my own project in which I am organising an event to fund the NGO. I am excited to start the plans for this.
Estaba muy ansiosa antes de que llegar aquí en Medellin. El razón fue que esto es un lugar que nunca he estado o leer mucho sobre. Llegué el jueves y me quedé con un amiga de la universidad que vive en Bogotá hasta navidad. Ella me hizo sentir mas tranquila. El domingo volé a Medellin. Estaba feliz de que me llevara bien con el colombiano en mi apartamento. El me presento a tus amigos y también un poco de la ciudad. Me enseñó cómo pedir un taxi, pedir comida, dónde podría encontrar una escuela de idiomas y cómo encontrar un equipo de fútbol local. La día antes que comenzar a trabajar con e-Nable, yo fui al salón de belleza para pintar mis uñas para sentirse más relajado. Estoy feliz que estoy en Medellin por que la clima esta mucho más mejor de Bogota. Mi apartamento esta mucho mas mejor que pensaba también. Tenemos una piscina, un gimnasio, seguridad, y lugares para los deportes. Esta en un lugar muy seguro y yo puedo sentir cómodo y seguro.
This is me and my boss at our meeting in Envigado to discuss the possibility of hosting our event at Barrio Sur.
El oficina también esta en un lugar seguro. Esta en el poblado cuál es un barrio lleno de turismo. En mi primero día, discutimos los metas de los próximos mesas en grupo con todos. Esta NGO tienen dos empleos y las otras son voluntarias. Más o menos siempre hablamos en español y todas las comunicaciones son en español. Yo tengo mi propio projeto en que necesito organizar un evento para hacer fundos por el NGO. Yo estoy emocionada a empezar las planes por esto.
A model that the engineers have been working on for people with short stumps.
Entre el fin de mi intensivo curso intersemestral de español y el inicio de la universidad, tenía la oportunidad de ir de viaje con algunos amigos y experimentar la diversidad de Colombia. Decidimos ir a la costa pacífica con el propósito de ver ballenas (¡una meta que logramos!), pero la salida resultó muy estimulante en otros niveles inesperados.
Después de un viaje de 15 horas en autobús desde Bogotá, llegamos al puerto pacífico grande de Buenaventura, donde una lancha rápida nos llevó al lejano pueblo costeño de Juanchaco. Desde allí, cogimos otra lanchita y llegamos a nuestro destino, una silenciosa aldea afro-colombiana situada entre el mar y la selva. Al llegar, lo que más me impresionó era la tranquilidad, la falta de turistas y el resplandor nostálgico de la puesta de sol sobre la playa arenosa y desierta.
Cuando nos encontramos con nuestro anfitrión, Alex, quien nos alojó en una choza de madera, le preguntó si había visto una película colombiana llamada ‘El vuelco del cangrejo,’ porque la había estudiado en mi universidad en Inglaterra y sabía que se ambientó en la costa pacífica. Por casualidad total, me contestó que la película se grabó en la aldea misma – que se conoce como “La Barra” – y que él era sobrino del protagonista de la película, Cerebro. Ya que el filme se rodó con actores naturales, los habitantes de La Barra constituyeron un gran parte del “reparto,” así que decidí averiguar tanto que pudiera sobre la película y la comunidad misma.
Hablé con Yisela Álvarez, conocida como Lucía en la película. En ese entonces, tenía 11 años así que casi no la reconocí cuando me vendó una botella de agua en el kiosco porque ya ha cumplido 21 y estaba embarazada. Expresó una curiosa vergüenza hablando sobre su papel en la película, y una mirada esquiva cuando le pregunté si me podía sacar una foto con ella. Su timidez con la cámara y su reticencia sobre la película me sorprendió ya que había aparecido en la pantalla grande en festivales de cine desde Toronto hasta Berlín.
En cambio, Cerebro – el tío de Alex – expresó un afán de contar la historia del rodaje del filme y un orgullo de su papel en la película, el que le dio la oportunidad de viajar a Canadá y Brasil para los festivales de cine. A pesar de su papel protagonista en el filme, es conocido como “gente normal” en la aldea y sigue trabajando como mesero en un restaurante local, donde tuve el placer de probar un caldo de pescado de muerte.
Miguel, un joven quien también aparece varias veces en el filme transmitió una indiferencia casual sobre la película y destacó que la película era nada más que la realidad cotidiana y la catalogó como un “documental.”
Hasta cierto punto estoy de acuerdo con su afirmación. De hecho, siento que “viví” la película durante mi estancia en La Barra, y en muchos niveles, me identificó como el forastero Daniel, un paisa que llega a La Barra e intenta integrarse con la comunidad. Desempeñé muchas actividades que Daniel también realizó en el filme: jugué fútbol en la playa con la comunidad; parché con los locales en torno a una fogata bajo las estrellas; exploré los manglares con nuestro anfitrión, Alex; me sumergí en el mar donde experimenté su curioso poder nostálgico y existencial; me perdí buscando el escurridizo y mítico Cerebro. Todo esto, estando sujeto al estruendo del reggaetón que resonaba por todo el pueblo desde parlantes gigantes.
Aunque parezca insignificante mencionar el reggaetón, tiene una importancia social y política en La Barra. Es síntoma del paradojo del sopor – el “tiempo suspendido” que uno experimenta en la comarca – y la velocidad de la modernidad que la trastorna. En la película, el reggaetón, que se retumba por otro forastero, se convierte en el sonido hegemónico del lugar, chocando de manera incongruente con su paz y recordándonos del impacto del mundo exterior en La Barra. Según el director Óscar Ruiz Navia, esto es un sinécdoque de la total violencia cotidiana que vive el pueblo autóctono y un mero ejemplo de los numerosos conflictos territoriales que ocurren entre vecinos en el país. A pesar de que han vivido allá muchos años, los habitantes de La Barra todavía no tienen derecho oficial a su tierra.
Además pese a la abundancia de recursos naturales de la región, el pueblo está sometido a una crisis ecológica: cuando un local nos llevó a ver ballenas, había un numero incontable de peces muertos, intoxicados por la contaminación del mar y la industria de la orfebrería. Más chocante aún, el peninsular mismo donde se grabó la película ya se ha desaparecido por la subida del nivel del mar, lo que ha resultado en el desplazamiento de la comunidad autóctona. Entonces La Barra – un rincón olvidado del paraíso – se ha convertido en una heterotopía lacerada por una crisis social y ambiental. Por eso Ruiz Navia justifica el ambiente “gris” y “melancólico” de su película.
Tal vez estos trastornos desencadenados por el mundo exterior explican el grado de frialdad de los locales de La Barra hacia los forasteros. Aunque el pueblo está agradecido por los beneficios económicos que traen los fuereños, reconoce que a veces dejan una huella “poco chévere.” Ruido, basura y el acaparamiento de recursos sirven como meros ejemplos.
Por fin, Yisela Álvarez (Lucía) rechazó mi propuesta de tomarse una foto conmigo, quizás un síntoma de la sospecha de este medio insidioso entre los locales. Al fin y al cabo, la fotografía refleja relaciones de poder entre el fotógrafo y el fotografiado: con mi deseo de sacar la foto, quería capturar La Barra como la veía por mi mirada, con mi lente de forastero. Esa foto reflejaría una visión “encuadrada” de La Barra, que no pertenecería a la realidad sino a mi realidad. De pronto por eso la película adopta una postura crítica de la fotografía:
[ Marcela]“Aquí no nos gusta que tomen fotos porque luego hacen plata con eso
y se olviden de La Barra.”
[Yaxaira] “Y además con la foto le hacen brujería a alguien…Tampoco me gusta que tomen foto, ni así de gente por fuera. ”
Para concluir, mi viaje a la costa pacífica fue muy enriquecedor, no solo porque experimenté la increíble belleza natural de la comarca, sino porque también me percaté de la situación precaria de ciertas aldeas costeñas como La Barra. Agradezco a los habitantes de La Barra por darme la bienvenida con gusto y amistad y por hacerme saber los desafíos cotidianos que enfrentan. Mi experiencia me ha estimulado a desempeñar un proyecto de investigación sobre la película y la comunidad en el futuro.
Colombia’s Pacific Coast
Between the end of my intensive intersemester Spanish course and the start of university, I had the opportunity to travel with some friends and experience Colombia’s diversity. We decided to travel to the pacific coast with the aim of seeing whales (which we did!) but the trip was also interesting on different, unexpected levels.
After a fifteen hour bus journey from Bogotá, we arrived at the large pacific port of Buenaventura, where we took a speedboat to the distant coastal town of Juanchaco. After another trip in a smaller motorboat we arrived at our destination, a quiet afro-Colombian village pinched between sea and jungle. Upon arrival, I was struck by the calm, the lack of tourists and the nostalgic glow of the setting sun against the sandy, deserted beach.
When we met our host, Alex, who put us up in a wooden hut, I thought I would ask him if he had seen a Colombian film called ‘El vuelco del cangrejo’(‘Crabtrap’) since I had studied it at university in Durham and knew that it had been filmed on the pacific coast. By complete chance, he told me that the film was shot in the very village in which we were staying – ‘La Barra’ – and that he was the nephew of the film’s protagonist, Cerebro. Given that the film was shot with non-professional actors, the inhabitants of La Barra constituted a large part of the ‘cast,’ and so I made it my aim to find out as much as I could about the film and the community itself by speaking with the locals.
I spoke with Yisela Álvarez, known as Lucía in the film. Back then she was eleven, so I barely recognised her when she sold me a bottle of water in the village kiosk – now twenty-one and pregnant. She expressed a curious introversion when speaking about her role in the film and a timid look when I asked her if I could take a photo with her. Her shyness of the camera and her reticence about the film surprised me given that she had appeared on the big screen in film festivals from Toronto to Berlin.
On the other hand, Cerebro – Alex’s uncle – expressed an eagerness to tell the story of the film’s making, and a pride about his role in the movie, which gave him the opportunity to travel to Canada and Brazil for their film festivals. Despite his protagonist role in the film, Cerebro is simply known as a ‘normal bloke’ in the village and continues working as a waiter in a local restaurant where I had the pleasure to try a caldo de pescado(a fish soup) that was to die for.
Miguel, a young man who also appears on many occasions in the movie, conveyed a casual indifference about the film and emphasised that it was nothing more than the daily reality, interestingly referring to it as a ‘documentary.’
To a certain extent I agree with him. In fact, during my stay in La Barra I felt like I ‘lived’ the film and on many levels I identified with the outsider ‘Daniel,’ a paisawho arrives in La Barra and attempts to integrate into the community. I carried out many activities that Daniel also did in the film: I played football on the beach with the community; I chewed the fat with locals around a starlit fogata; I explored the mangroves with our host Alex; I submerged myself in the sea where I experienced it’s strange nostalgic and existential power; I got lost looking for the elusive and mythic Cerebro and I was subject to the relentless sound of reggaeteón which was blared throughout the whole village through massive speakers.
Although it might seem insignificant mentioning reggaetón, it has a social and political importance in la Barra. It outlines the paradox of the village’s repose – the ‘suspended time’ which one experiences in the region – and the speed of modernity which disturbs it. In the film, reggaetón, which is blared by another outsider, becomes the hegemonic sound of the village, colliding incongruously with its calm and reminding us of the impact of the outside world upon La Barra. According to the director Óscar Ruiz Navia, the regaettón refrain is a synecdoche of the total violence that the autochthonous community lives on a daily basis and a mere example of the numerous territorial conflicts that occur in the country amongst neighbours. Despite the fact that they have lived there many years, the inhabitants of La Barra still lack the official rights to their land.
Moreover, despite the region’s abundance in natural resources, the village is undergoing an ecological crisis: when a local took us whale watching, there was what seemed like an infinite number of dead fish, killed by sea pollution and the gold making industry. More shocking still, the peninsular itself where the film was filmed has now disappeared, consumed by rising sea levels, resulting in the displacement of the indigenous community. La Barra – a forgotten corner of paradise – has become a heterotopia wounded by a social and environmental crisis. For this reason, Ruiz Navia justifies the ‘gray’ and ‘melancholic’ atmosphere of his film.
Perhaps these turmoils, triggered by the outside world, explain the locals’ degree of coldness towards outsiders. Although the village is grateful for the economic benefits that visitors bring, it recognises that sometimes they also leave a footprint that isn’t so great. Noise, littering and the hoarding of resources serve as examples.
In the end, Yisela Álvarez (Lucía), declined my proposal to take a photo with her, perhaps a symptom of the suspicion of this insidious medium amongst the locals. At the end of the day, photography is a reflection of power between photographer and photographed: with my desire to take the photo, I wanted to capture La Barra seen through my own eyes, through my outsider’s lens. The photo would inevitably reflect a ‘framed’ vision of La Barra, which, rather than being a reflection of the reality, would be a reflection of myreality. Perhaps this is why the film adopts such a critical stance towards the medium of photography:
[Marcela] ‘Here we don’t like them taking photos because they use it to make money and then forget about La Barra.’
[Yaxaira] ‘What’s more they cast a spell on you with the photo…I don’t like them taking photos either, especially not by visitors.’
To conclude, my trip to the coast was extremely enriching, not only because I experienced the incredible natural beauty of the region, but also because it gave me an insight into the precarious situation of certain coastal villages like La Barra. I thank the inhabitants for welcoming me with friendship and for helping me appreciate better the daily challenges that they face. My experience has inspired me to carry out a research project on the film and the community in the near future.
